domingo, 26 de dezembro de 2010

Poesia concreta ²


Poesia de Augusto de Campos


ESCREVE... BREVE

BREVE...ESCREVE

LOGO...ESQUECE
LOGO...LOGO... ...ENLOUQUECE...

... ESCREVE ...

...ESQUECE...
Esquece por Jose

Poesia concreta¹

Por ser da Poesia concreta que surge a Poesia marginal, que particularmente me atraí muito vejamos algumas considerações sobre a Poesia concreta surgiu com o Concretismo, fase literária voltada para a valorização e incorporação dos aspectos geométricos à arte (música, poesia, artes pláticas). O Concretismo surge na Europa, por volta de 1917, na tentativa de se criar uma manifestação abstrata da arte.

A busca dos artistas era incorporar a arte (música, poesia, artes plásticas) às estruturas matemáticas geométricas. A intenção deste movimento concreto era desvincular o mundo artístico do natural e distinguir forma de conteúdo.

Em 1952, a poesia concreta tem seu marco inicial através da publicação da revista “Noigrandes”, fundada por três poetas: Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos.
Contudo, é em 1956, com a Exposição Nacional de Arte Concreta em São Paulo, que a poesia concreta se consolida como uma nova e inusitada vertente da literatura brasileira.
O poema do Concretismo tem como característica primordial o uso das disponibilidades gráficas que as palavras possuem sem preocupações com a estética tradicional de começo, meio e fim e, por este motivo, é chamado de poema-objeto.

Outros atributos que podemos apontar deste tipo de poesia são:

- a eliminação do verso;
- o aproveitamento do espaço em branco da página para disposição das palavras;
- a exploração dos aspectos sonoros, visuais e semânticos dos vocábulos;
- o uso de neologismos e termos estrangeiros;
- decomposição das palavras;
- possibilidades de múltiplas leituras.

A comunicação através do visual era a forma de expressão de todas as poesias concretas. No entanto, houve particularidades que diferenciavam os poemas deste período em tipos de poesias. Vejamos:

● Poesia-Práxis: movimento liderado por Mário Chamie, que a partir de 1961 começou a adotar a palavra como organismo vivo gerador de novos organismos vivos, ou seja, de novas palavras.

● Poesia social: movimento de reação contra os formalismos da poesia concreta, os quais eram considerados exagerados por um grupo de artistas. Estes lutavam para o retorno e a inclusão de uma linguagem simples e de temas direcionados à realidade social. Artistas como Ferreira Gullar e Thiago de Mello foram adeptos dessa visão.

● Tropicalismo: movimento advindo do universo musical dos anos 67 e 68, que retomava as propostas de Oswald de Andrade com o Manifesto Antropófago e adotou o pensamento de aproveitar qualquer cultura, independente de onde viesse.

● Poesia Marginal: surgiu na década de 70 e é chamada de “marginal” porque não possuía vínculos com editoras ou distribuidoras para edição e/ou publicação, ou seja, era produção independente.


Texto adaptado de http://www.mundoeducacao.com.br/literatura/poesia-concreta.htm

Mudança da Base

Na dança da mudança
O espírito nunca se cansa
O brilho no olhar do menino
Fumando base é base da contradição
È direito de o menino sair da contra mão
Uns encontram a solução no instrumento musical
Outros... Tem-se a base e a lata na viagem social
Na dança da mudança
O espírito nunca se cansa
Quando não se acreditava na
Mudança não tinha esperança
De poder renascer, nas atitudes válidas...
Pode ser velho, pode ser novo...
Ser mulher ou criança,
Na dança da mudança,
O espírito nunca se cansa.

O sonho coletivo

Melhor que sonhar é poder realizar
Sonhos grandes ou pequenos
Suaves ou serenos...
Sonhando juntos ou separados
O sonho é o agrado D'alma
Na batalha do dia de gente pobre
Rica de espírito.
Trabalhadora que jamais esmorece
Quando dificuldade aparece...
Sonho faz alegria D'alma
D'uma sociedade melhor
O sonho do homem coletivo faz...
... o universo conspirar...
...o homem trabalhar...
...o mundo girar ...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

No porto

Na concupiscência
Da libertinagem
De noite No Porto

Na ladeira Cunha e Cruz lá se vai
Mais uma luz, mais uma alma á vagar
Entre socos e sussurros e gritos de socorro
Ninguém quer te escutar ...

As garotas portuárias
mais que libertarias
presas de si
Escrito por Pagu

Na concupiscência
Da libertinagem
De noite No Porto

Outro assunto


de pensar
em Comparar ...nem o ar
há de gostar
na boca sinto o gozo
de minha amada
Toda equilibrada n’uma
concupiscência sem fim
mas por fim não estamos mais juntos...
ela arrumou outro,outro assunto ...
Bem longe...
longe do olho
do copo ...
do elo ...
de mim ...

Escrito por Fernando Marquez lisergy