segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Num Breve Escurecer

Queria lentamente morrer
Para sentir ao menos uma vez
O desejo ardente viver
E assim começar a ser feliz

Eu queria lentamente morrer
Para que se ocupe o vazio
Pela incerteza do amanhecer
E assim me aquecer do frio

Eu queria lentamente morrer
Para encontrar explicação
De nenhum sentimento conter
Nesse meu inerte coração

Eu queria lentamente morrer
E fazer a tristeza acabar
Fechar os olhos num breve escurecer
Para enfim tudo terminar.

UMA DESSAS TARDES

No silencio de uma tarde vazia
De uma vida sem colorido
Só o nada me faz companhia
Pois o tudo perdeu o sentido

Mas porque continuar assim?
Em uma aventura sem direção
Porque ainda bate coração?
Apenas adiando o fim

Bate sem emoção
Em uma tarde vazia
Pois nada sinto então
Nessa minha pele fria.

Nem o vento em minha face
Que varre as folhas do chão
Nem o sol já não me aquece
Nessa tarde vazia de verão
Em uma dessas tardes eu ei de partir
Romper o silencio com gritos de dor
Só assim saberei que um dia existi
Na solidão de um mundo sem cor.

domingo, 7 de agosto de 2011

quem me ensinou sabia!

Quem me ensinou sabia
sabia que lentamente eu iria
provocar uma mudança
mas ninguém sabe das tuas
alternâncias
só querem saber das tuas
ignorâncias
Desconstruindo tudo que é
sólido concreto para entrar
no abstrato... Ah me lembrei
até aquele trato eu cancelei
nem tudo é para sempre nem a dor
e nem a gente!

Cala sua boca e sem pragmatismos
tudo fica no falar
cansa falar e não fazer
cansa suas histórias
Repetidas
Quem me ensinou sabia

sabia que era assim
verdades feitas para serem perfeitas
como que pode ser tão criativo
com toda sua surdez
não ouvir o silencio dito
nas ler a palavra não escrita!