domingo, 22 de agosto de 2010

O prédio

O silêncio transitava cintilante
entre os 23 andares do prédio
que tinha alta probabilidade de desmoronamento.
A cinzenta coloração da sacada
realçava o inverno eterno que abrigava
aquela ilha urbana de manhãs caladas
abrigava aquele terraço nas primeiras horas dia
onde a brisa fria espancava a face
e transava ao vento com a fumaça do cigarro.
Na mais extrema calma de uma manhã quase morta
sem cor,sem odor,sem transito,sem intrusos.
Na espera admirável do decreto do prédio
para decisão do talvez fatídico dia da morte
onde honrosamente e prazerosamente morreria
na atmosfera fria desta hospedia
que tão acolhedoramente me recebeu.

Por Rafael Omar Músico louco e lobo.

sábado, 21 de agosto de 2010

O sussurro da sirene entoava
afinado nos ouvidos moribundos do enfermo
Órgãos vitais atingidos
quando foi pego de surpresa num ataque sorrateiro

...e o ar quente da respiração ficava fraco

A natureza, enfim, nos deixou a sós
...

Quando ficamos a sós,
finalmente a sós
Você fechou os olhos
e se apagou
...e se decompôs
Alguns dias depois
Minha boca flamejando
beijou seu corpo em decomposição


Por Gabriel Omar Postigliatti.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Existem ventos que não sopram o suficiente
para levar as angústias d’alma
Seus joelhos sangram toda vez que se arrepende
mas a luz incandescente não se apaga

Ilumina becos, esconderijos
os quais devem permanecer secretos
escuros...
para que ninguém veja ou presencie
o momento do crime,
a imundice da alma
o pedido de socorro,
o grito que ensurdece...

Quando o ambiente exala o cheiro do perigo
é que a aventura tende a ficar interessante
mesmo que não funcionem mais olhos e ouvidos
e o paladar não deguste o sabor salgado do sangue







Por Gabriel Omar Postigliatti.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

o universo paralelo esta dentro
de minha mente e tem muita gente.
Que sente..]
Todas as vezes que entro arrebento
algum paradigma ........
O fato é que o quente e o frio
se alternam em minh’ alma colorida.
o universo paralelo esta dentro
de minha mente e tem muita gente.
Que nem sente..]
Agora foi o paradigma do amor
Que achei que nunca ia que conseguir quebrar
Pura hipocrisia e nostalgia do amor
Do amor vou deixar a dor
Vive-lo d’outra forma com mais som
Com mais cor, e com mais sabor.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O vento que leva

Quero sentir o vento andino leve
Batendo no meu rosto.... forte
Levando todas as impurezas
D’alma suja de pensamentos podres
Com a suave purificação do vento
Dizendo-me que o sangue indígena ainda
Pulsa na minha veia ....
E quando chegar no topo da montanha
Vou gritar e exaltar um grito
Que só sabê-lo-ei quando lá chegar
Por enquanto ouço La Negra
Que me diz ‘Gracias a La vida!’
Roww leitores,
o blogger está em construção progressiva, por falta de tempo, as coisas andam assim devagarinho... Mas pressa para quê? Aos amigos logo atenderei o pedido de vocês. Continua e incessante batalha mental!

domingo, 15 de agosto de 2010

Rio Aquidauana

Pensamentos, saudades, lições e aprendizado...
E hoje, agora, nessa janta
a certeza de que somos
diferentes destes outros,
que não enxergam o óbvio...

O cheiro da comida misturada
com a pobreza humana me enoja
e enjoado sigo lembrando
das lições de do Rio Aquidauana...
São nesses momentos que sinto sua falta...

Poema escrito por Danilo de Jesus, um amigo,o poema sofreu algumas alterações por mim,porém acho que é o sentimento dito por ele. o titulo do poema faz alusão a uma pessoa quem será?

Vida nova no Pântano!

É Agosto o tempo seco
As árvores estão secas
E suas folhas caídas estão ....

E lá se foi toda a tristeza
Junto às folhas secas...
Do meu coração que balança

Como as árvores deixando cair suas folhas
Quando bate o vento seco...
Preparando-se para um novo
Florescer uma nova vida...

Assim como no pantanal
O tempo da cheia se foi
às águas do Paraguai vão se abaixando e
Meu coração se acalmando...