domingo, 22 de agosto de 2010

O prédio

O silêncio transitava cintilante
entre os 23 andares do prédio
que tinha alta probabilidade de desmoronamento.
A cinzenta coloração da sacada
realçava o inverno eterno que abrigava
aquela ilha urbana de manhãs caladas
abrigava aquele terraço nas primeiras horas dia
onde a brisa fria espancava a face
e transava ao vento com a fumaça do cigarro.
Na mais extrema calma de uma manhã quase morta
sem cor,sem odor,sem transito,sem intrusos.
Na espera admirável do decreto do prédio
para decisão do talvez fatídico dia da morte
onde honrosamente e prazerosamente morreria
na atmosfera fria desta hospedia
que tão acolhedoramente me recebeu.

Por Rafael Omar Músico louco e lobo.

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